Doce instante seria, se ao teu colo voltasse...
E nesta mesma lucidez, eu ficasse,
Protegida à luz do teu olhar... Delirante!
Num impulso, te daria, num tenro instante...
Minha paz que ao mundo devolveste...
Nesta aurora de deslumbre em que vivesse,
Chamejando de amor a poesia...
Que pungia deste verde coração.
Mais que o mundo, e seus efeitos coesivos,
Dar-te-ia meu bem maior, meu viço...
Destes verdes anos de emoção!
Num segundo, ao céu em escarlate,
O teu rosto em profundo estandarte,
Calmo enfim, estarias à luz do amor!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)