Após assistir a mas mediática selecção do mundo do futebol perder (Brasil um/dois Holanda), restava ver a prestação da África. O Ghana ainda lá andava entre as maiores do mundo para decidir o caminho do futebol africano. Tal como sentia vi-a nas pessoas o mesmo entusiasmo, vi a África pela primeira vez “unida” e pensei “ a selecção que defrontar o Ghana estará a defrontar um continente” ansioso para ver o espectáculo, queria voar para chegar rápido á casa, uma vez que vi o Brasil em lágrimas na TV da casa da namorada.
A bola rolou numa partida muito bem disputada, e o placar um/zero, a África a ganhar. Depois o half time depois a bola rolou e rolou que bateu no travesseiro o lance decisivo, e só não sentiu quem não viu lágrimas no semblante de uma bandeira a sofrer com o continente. Parecia ainda restar esperança numa esperança que concebeu drama no momento das marcações das grandes penalidades, por duas vezes entregamos a vitoria e salvamos a esperança do jogar Uruguai que levou o cartão vermelho por afastar o nosso sorriso com as mãos. No palco que avivava o “verde esperança” que por pouco nos deu alegria, a magia africana não foi suficiente para impedir o pouso da cereja no bolo de quem nos tirou a ambição de caminhar em festejos. E se antes do jogo pensei que… depois, pensei na África.
Como de costume, após o final dos melhores jogos, o meu telemóvel vibrou, não era para receber da minha namorada os pesemos sobre a derrota de Portugal, como era evidente, (até porque a selecção Portuguesa da qual tenho grande afecto viu o jogo como eu vi, pela TV), era assim para eu consolar meu amor que chorava a dor da África com os jogadores do Ghana, e, naquele momento de consolo nada pode fazer senão dizer “eh… é a África! já temos muitos motivos para chorar e ainda assim não conseguimos conquistar apenas um sorriso, e quem saberia se em forma de troféu”