Poemas -> Tristeza : 

RUAS DE AREIA

 
RUAS DE AREIA


Uma rua cheia de poeira,
uma rua cheia de saudade,
do pensamento é a fronteira,
uma tristeza na cidade.

Minha rua da agonia
a mina da recordação,
o verso triste da poesia
que adoece um coração.

Já foi o jardim da vida,
mas hoje está deserta,
faz sangrar minha ferida,
mantém, a ferida aberta.

Fui um dia seu habitante,
página, que ninguém leu,
motivo da saudade castigante...
Nessa rua....Ela morreu....

E na vida...Fiquei perdido,
o que ainda acontece comigo,
depois desse sonho destruido,
tudo que restou...É um mendigo.

Poeira, que nesse ar flutua,
com o vento que parece o minuano...
Olha lá de cima, andando pela rua,
a imagem ,de um farrapo humano...

GIL DE OLIVE

 
Autor
gil de olive
 
Texto
Data
Leituras
906
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
varenka
Publicado: 01/07/2010 23:38  Atualizado: 01/07/2010 23:39
Colaborador
Usuário desde: 10/12/2009
Localidade:
Mensagens: 4210
 Re: RUAS DE AREIA
Uma lembrança triste! Uma imagem que vai ficar para sempre gravaga na tua mente..

Abraço!

Varenka

Enviado por Tópico
leticia-lie
Publicado: 01/07/2010 23:51  Atualizado: 01/07/2010 23:51
Muito Participativo
Usuário desde: 25/06/2010
Localidade: Paraná
Mensagens: 68
 Re: RUAS DE AREIA
Nossa que poema mais lindo e agradável de se ler...

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/07/2010 00:19  Atualizado: 02/07/2010 00:19
 Re: RUAS DE AREIA
Gil, com um olhar de solitário citadino, trabalhaste com esmero esse poema. quando a cidade muda ela se fere e nos fere. gostei demais.

fraterno abraço, poeta.

zésilveira

Enviado por Tópico
Beija-Flor76
Publicado: 02/07/2010 13:45  Atualizado: 02/07/2010 13:45
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2010
Localidade: PORTUGAL
Mensagens: 2080
 Re: RUAS DE AREIA
Um poema muito bem construido, com peincipio , meio e fim, numa cadencia deliciosa de se ler.
Areia, assim são as ruas, assim são os dias, assim seremos nós quando tudo acabar.

Grande abraço poeta.

Beija-flor