A caneta desliza sobre o papel,
Que já contém rabiscos à pincel.
Mas ainda que eu preferi as teclas,
O computador me limita à espera.
Nesta imensa empresa de TI,
Me escondo atrás do monitor.
É o pior mundo que já vi,
Viver através do computador.
Não tem mais calor humano,
Não tem abraços, nem falas.
Resta-me um retrato animado,
E escrevo rápido pelas teclas.
No mundo da escrita,
Temos várias maneiras.
Até a máquina de datilografia,
É uma das corredeiras.
Da tecnologia eu sei,
E termino por terminar.
Das máquinas que usei,
Nenhuma fico a imaginar.
Nessa vasta empresa,
Todos estão a falar.
Poucos tem certeza,
Que uma poetisa está à trabalhar.