Ah! Se eu pudesse repaginar essa vida
Debulhando desilusão e desafeto
queria mesmo na estação do alfabeto
plantar sonhos na folha embranquecida!
Se eu pudesse restaurar seiva perdida
fabular meia centelha em subjeto
pretexto novo ao disfarce do incorreto
suavizar qualquer palavra proferida...
Sêmen puro sem-número, nessa vida...
semelhar outro talhe bem mais reto...
tardia ceifa em quietude do secreto...
Entrelaçada num tear sem tecelão,
face oculta em solitude, ser , então,
pela manhã, raiar do dia... um novo sol!