O vento sopra forte
e tudo se move á sua passagem
sopra a vida
trazendo a morte
que leva apenas numa aragem
Presságio de quem sente amargura
nas perfeitas teias lançadas
imbuídas de desfaçatez e loucura
as mágoas ficaram marcadas
Fruto do mau tempo que passou
a seiva do amor que secou
arvore pelo vento derrubada
as folhas tão viçosas que levou
As feridas provocadas
pela tempestade e a violência do vento
por muito que se faça
jamais serão saradas
O sangue que já não corre nas veias
daquele corpo frio e hirto para sempre
de tão viscosas que eram essas teias
lançadas pelo mundo do presente
Tempestade arrasadora que deixaste
nua
a alma que te sentiu
levando tudo que encontraste
do incauto que não se preveniu
Micá Junho de 2010