. façam de conta que eu não estive cá .
r. desembarcou na noite, de pernas para o ar como um morcego. dentro da boca as raízes das árvores que o haviam seguido. as pernas de r. eram pequenas, quando o corpo assim é não há simetria nem forma nem textura nem som nem lugar. nem lugar de abrir o corpo à espera, nem espera de coisa nenhuma, nem do corpo, quando o corpo chama o coração e ele não o ouve. não há lugar de bater o coração nem o corpo. então r. desembarcou numa noite, com o rosto afogado em lágrimas e sementes enterradas na pele. não lhe falei.