Não espero o mundo
Não quero o talvez
Não sou mais do que posso ser
Quero-te
Sinto os sons do caminho
Leves, incomuns como nós
Em ternos abraços nos embalam
pelas memórias de páginas douradas
lidas no desassossego itenerante
de outras vidas e confortos.
Peregrinos, fomos
Descobridores de risos, também
Com a leveza da certeza do que virá
somos ganhadores de vida por colher
Se corro
Se voo
Se o riso me visita
ou me abala
Se o dia me dá folga
Ou a noite passa sem saber
É quando a tua pele espraia na minha
e cada momento nosso
se grava a relevo
pungente
na carne de quem sente
a cor do amor
como nós.
Rui Santos