Capaz de dizer sou eu
Se assim não fora, clemência
Vou mais além do que tu podes negar
Dou-me pela ténue existência.
Sarcástico talvez, ironia do destino
Contempla as minhas hostes
Contempla-me pela criação
Ressurrecto pela imaginação.
Cruzo assim dois mundos
Não mudo sortes, clareio-me em ti
Indomável sou eu, apetecível
No antes e depois, inacessível.
Amarras não possuo, conjuro-te
Grito pela insolvência, desnudo-te
Dos que partem antes de chegar
Dos que ficam sem nunca voltar.
Está consumado, escrito está
Não nos exaltemos em nossa deslealdade
O epitáfio jaz…a profecia cumprir-se-á
Assumamos nossa cumplicidade.