Minhas palavras ardentes
Um dia soaram fortes
Mais sobrias
Do que hoje sombrias
No leito dos meus sonhos
Ou na realidade de cada dia
O sol batia mais enormente quente....
E a noite sabia que não era uma utopia..... fria.....
Vezes que a vida é bela
Nas horas que o mundo acorda
Entre elas Adormecido
Docemente sobre o abrigo
De um homem reduzido... ao pó.....
Vazando cada ferida aberta
Onde meu mundo se fecha
E na manhã seguinte recomeça
Mais um dia sem fim
Abre a estrada que me oferta
E aperta um mar de sentidos
De um limite, que começa partido
Acabado por mais um dia aflito
Vou de hoje alerta
Caminhar com o olho aberto
Ficar de certo, andando incerto
Por retas amarelas
De uma rua sem seta qualquer
Entre cordas partidas
Que meus dedos praticam
Sentado apenas comigo
Ou de pé, falando sem amigo
Em cada melodia
Por todo dia
Que a hora passa
O silêncio fica no seu desabrigo...