<p align="center"><img src="http://www.bbc.co.uk/portuguese/espec ... _enchente01.jpg">
<font color="#006600">A Natureza Implora
Tudo eu te dei á tua sobrevivência
Doei de coração todos os meus bens
Do pó da terra te criei e por garantia
Retornas ao pó com tudo o que tens
Parece a mim, por não seres eterno
E, como vingança por tua iniqüidade
Fazes do solo o pior dos teus infernos
Depredas a natureza, usas da maldade
Sem mim não viverias com certeza
Mato tua sede, limpo teu suor fétido
No teu corpo deslizo com destreza
E retribuis com lixo na correnteza
E como desperdiças este líquido!
De límpido e incolor por natureza
Dejetos e micróbios riem insípidos
Água solitária, desperdício, indefesa
O grito da fauna dizimada cada dia
Na ganância da moeda, da exportação
A flora geme ao golpe do facão, agonia
Tua mão inerte, que pedra teu coração
Mas, vou me defendendo por opção
No mar avanço, trago os indefesos
A terra esquenta, abro o furacão
Doença dizimando os teus irmãos
Olho por olho, e, dente por dente
Será sempre assim o meu refrão
Se amor recebo dou-te pertinente
Mas, a lágrima corrói meu coração
SoniaNogueira
Publicado na revista ARTPOESIA, na Bahia<center></font.
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