Nada nesta vida é justo,
Mas com o tempo isso aprendemos.
Vivemos com muito custo,
Ou melhor, nós não vivemos.
E para ela ser vivida,
Tens que ser sempre mais forte.
A única certeza na vida,
É que tens direito á morte.
É grande a força de vontade,
Para conseguirmos viver.
Mas por ser grande a crueldade,
Muitos acabam por morrer
Vamos procurando alegrias,
No meio de tantas tristezas.
E no quotidiano dos dias,
Só vemos injustiças e incertezas
Revoltado com a vida,
E enganado por a sorte.
Tiveste logo á partida,
Um compromisso com a morte.
Enganos e desilusões,
Desgostos e arrelias.
Não viveste com ilusões,
Nem tiveste alegrias.
Tiveste uma vida bruta,
E cavaste muito a terra.
Foste também um bom recruta,
E serviste nesta guerra.
Trabalhas que nem um bruto.
Como se fosses um animal.
E sómente vestes luto,
Quando alguém chega ao final.
Por vivermos nesta terra,
E sermos ignorantes.
É que andamos sempre em guerra,
A matar os semelhantes.
No meio de todo este caos,
Em que do mal te escondias.
Já não sabes quem são os maus.
Pois de todos já desconfias.
Perde-se assim o rumo,
De uma vida bem vivida.
Tal como um fio de prumo,
Numa vertical mal medida.
Vão surgindo as amizades.
Que não passam de embustes.
E quando tu vês as verdades,
Só fazem com que te assustes.
Queres tu viver a vida,
Sempre com grande rectidão?
Não passas de uma iludida,
Num mundo de podridão.
Coitados dos convencidos.
Porque iludidos se convencem.
Que nunca podem ser vencidos,
Por outros que nunca vencem.
Na vida, tudo acontece,
Quando tu menos esperas.
E quando já nada te aquece,
Isso é porque tu,... já eras.
zeninumi 3/7/2007
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zeninumi.