Encravado pela incapacidade
Dominadora do meu estado,
Suplico à auseência de luminosidade
Que me deixe ensonado.
Mas a prece é desalojada,
Não é atendida pela vontade
Que, talvez atordoada
Se rege em conformidade.
Olhos raiados de encarnado
Que me faz pestanejar
De mais para com o normalizado,
Insiste em não parar.
Esfrego nervosamente
Bocejo mas, de nada vale.
Esperneio fluentemente
E não há nada que me cale.
António Botelho
A arte é um mundo à parte