Resta o ar que respiro.
O sorriso está fechado em sinal de luto
As lágrimas ainda vertem a saudade sentida,
A casa está vazia
E o abandono veste-se de negro.
Na rua está frio
As pessoas são geladas
E as palavras ferem,
O medo está em cada esquina
E quem mais sofre é o coração.
Por passos dúbios sou conduzida
Que as forças se esmorecem,
O corpo rejeita a cabeça
E a cabeça já perdeu a razão.
Peço loucura para viver
Que a ternura já pereceu,
É história antiga
Gasta de tanto se contar.
Peço eloquência para acreditar
Acreditar que este é o meu ar.