Talvez um dia...
Te consigas libertar,
E eu aqui ficarei, a ver-te voar.
Com as tuas asas de colibri, penas da cor do medo...
Um dia, quando voares, leva-me contigo,
Para que não fique aqui, abandonada...
Para que tudo aquilo que fizemos não deixe de ter sentido.
Canta, com os teus olhos cor de mel, porque a música dos olhos é preciosa, e bonita para mim.
Quero que as tuas penas mudem, de medo para paixão.
Talvez até mesmo luxúria, que revolva o coração.
Uma música sublime, que alumia tudo à volta.
Foi por ti que me cortaram as asas, e eu hoje, ainda choro.
Choro não de arrependimento, mas de puro desejo, de te encontrar outra vez, num ninho de sonhos que apenas alguns podem conhecer.
A melodia das nossas palavras eclode neste mundo, os botões das flores desabrocham, para te dar alento, porque a viagem está quase a terminar.
As tuas penas, meu colibri, amo-te, colibri.
No reino de onde vieste, prega-se o que é o medo e a paixão, mas nunca podem ensinar a viver...
Colibri, as tuas asas mudaram, mudaram para mim, estão verdes cor da esperança!
Esperança que aconteça o quê?
Então ficam vermelhas...
O amor de um colibri.
A poesia é a alma, a alma, somos nós, por conseguinte, nós somos poesia...
Colibri...
Imagem: Google Imagens