Foi-me ela, uma vívida alma!
Uma alma!...Suspensa num precipício...
Uma alma!...Suspenso fantasma!
Vagando assim, desde o princípio...
Cicia o vento, em cima da colina...
E um anjo reza, sobre o frio mausoléu...
Um anjo!...É ela!...A minha filhinha!
Que ergue suas mãos para o céu...
Ao sol!...As marmóreas asas fulgindo...
Fulgindo em cruz na amplidão!
E o anjo - na sepultura -, dormindo...
E suspenso, em vigília, qual fantasma...
No alto da fraga, é ela, a solidão!
Que muito me perpassa a triste alma...
(® tanatus - 09/06/2010)