Que será que move este amor,
Cujo destino no final é a morte?
Estranho! Do poeta é esta a sorte,
De a paixão encontrar, e a dor.
De morrer no orgasmo lento,
Onde vazio, termina devorado.
E em nova paixão ressuscitado,
Cresce, cria vida, toma alento!
Procura outra teia, apaixonado,
Feliz, cheio de sonhos e de vida.
Para ser novamente devorado!
Ele parte feliz, morre contente.
E ressuscitará após cada partida,
Para ser devorado novamente!
Pedro Paulo da Gama Bentes