Como ignorar as aves que trespassam
Nuvens… Pairam sobre nossas cabeças.
Mas, há as pontarias que então passam
Ossos leves, criaturas ilesas!
Tanto prazer com tamanha maldade.
Será que os anjos abrirão as portas
A quem vive sempre sem humildade?
“Ele escreve mesmo por linhas tortas?”
Mas porque insistem em querer o céu,
Quando a terra a seus pés têm sem véu?
Quanta ambição é precisa então?
Pois os mortos são então necessários,
Outros precisam de novos horários,
Passando por cima da multidão!
António Botelho
A arte é um mundo à parte