Na primavera do tempo
As flores exalam a fragrância
Que as abelhas procuram
E que encontram na sua elegância.
Quando entraste na sala
Realçando sua beleza impar
Mostraste a simplicidade
Na forma singela de falar.
Seu rosto bucólico e meigo
Realçado de tons avermelhado
Revela o sorriso encantador
Aperfeiçoado pelos cabelos cacheados.
Falar de sua beleza
É tema de inúmeras poesias
E que os poetas inspirados
Escreveriam as mais lindas melodias.
Ontem a chuva molhou o seu corpo
Realçando sua beleza voraz
Gotas de eterna lembrança
De um tempo tão fugaz.
A chuva que molhou o seu rosto
São as águas da felicidade
Pois, no tempo de eterna lembrança,
Só pode deixar-nos a saudade.
Quisera eu ter o poder dos deuses antigos
Que comandava as águas e o trovão
Para que não ficasse somente a admirar-te
Mas que tivesse seu coração.