Saudade?
É essa a palavra mais próxima da realidade,
De sentimentos fazendo alardes
Com enigmas que não me deixam dormir.
Saudades do toque de tuas mãos explorando minhas curvas
Com louco desejo de me consumir
Saudade dos teus lábios molhados a sugar-me com volúpia
Teus dedos roçando minha pele quente
Teu corpo suado grudando em mim
Seu cabelo pingando em minha face como gotas de orvalho
Me renovando, fazendo-me beber de teu mel salgado.
Sim; existe uma pantera faminta em mim
Faminta de você.
Uma pantera querendo rasgar tuas vestes,
Penetrar no teu olhar
E urgir no delírio do teu corpo ao estremecer
Chegando ao ápice do prazer.