Meu silêncio é o teu silêncio…
nele me calo porque não caibo
mais em tuas ilusões e esperanças…
o rio transborda lágrimas que guardo
junto ao coração e me esqueço.
Que bom seria os tempos de
antigamente, em que partilhávamos
sonhos e querenças… hoje morro
um pouco mais e sozinho
enfrento a solidão que me reveza.
Minha verdade aqui dita já não é
a tua, hoje me contestas e falha
a palavra amor e solidariedade…
sou feito de verso que não esconde
a sensatez do diálogo comum.
Bem sei que antes morto que calar –
este é o meu diapasão a levar
pela vida fora! Vem musa, fica comigo,
e entrega tua alma à minha alma,
que se engrandece pela tua permanência.
Jorge Humberto
21/06/10