E todos viveram felizes para sempre,
Utopias talvez, mas cadê a realidade?
Por favor, acorda, vem viver o presente,
Ao acordamos, é que podemos ver a realidade...
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Eu vi nosso castelo tombando, as pedras rolavam,
E represavam mesmo sem querer nosso rio,
Assim todas as vidas de seu leito secavam,
Desanimando as cores, mas isto você não viu...
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Pois teu alicerce fora muito mal projetado,
Então fora mal construído na sua totalidade,
Não é à-toa então que tenha desmoronado,
Como as palavras de uma meia verdade...
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Mas se eu pudesse voltar no tempo,
Eu viveria novamente o momento, amá-la-ia,
E reconstruiria nosso castelo de sentimentos,
Talvez com os argumentos de minha poesia...
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Mas dar-te-ia base, e não uma palavra em vão,
E não lhe regaria flor, com lágrimas perdidas,
Mas te devolveria o sorriso escondido na emoção,
Dos escombros que sobraram de nossas vidas...
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Também fui culpado, como um não preparado,
Não soube amar a partir das diferenças,
E um coração, por mais que esteja apaixonado,
Não consegue suportar a um mar de desavenças...
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Então saia do sonho e venha viver a vida,
Não me faça um fantasma de sua insensatez,
Pondo-te num pesadelo, novamente perdida,
Fazendo-a desmoronar, mais uma vez...
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É nossa chance de reconstruir, de reformar,
De conjeturar as novas possibilidades,
E entender nosso amor, e as razões de amar,
Nos unindo, mesmo em nossas desigualdades...
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Quem sabe o amor nos dará uma nova chance,
Reconsiderando a nossa história em um revés,
Fazendo brilhar o amor em uma bela nuance,
E o final seria um começo, num “era uma vez”...