Luso-Poemas
 
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ossadas.

 

. façam de conta que eu não estive cá .





:estou. antes de aqui estar já havia estado num outro estado de inquietude. solidão. algo como retirar da mão esquerda os vinte e sete ossos. quase sempre estou no lugar onde não deveria estar. nunca por engano. do lugar de estar ao lugar de ser não vai um passo assim tão grande. algo como retirar do pé esquerdo os vinte e nove ossos. sempre, ou enquanto assim quiser o peito, longe. porque longe custam menos os lugares de estar. já os lugares de ser são transitórios como as memórias ou os pensamentos. : estou. neste momento a retirar do corpo os cento e cinquenta e um ossos restantes.



 
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Margarete
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Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 21/06/2010 22:47  Atualizado: 21/06/2010 22:47
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: ossadas. para mar
mmmm...cá para mim andas a estudar anatomia com alguém...rs.fazes bem em começar primeiro com o esqueleto.os ossos da mão,os do pé,e depois os outros todos.estás bastante mais maleável agora.

beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/06/2010 00:04  Atualizado: 22/06/2010 00:04
 Re: ossadas.
hoje também já estive em outro estado. penso até que esse estado já me começou a consumir os ossos das mãos a semana que passou – não desisto. escreverei com os pés e depois com a boca e quando não tiver mais ossos. gritarei

beijo mar

sampaio(r)ego

Enviado por Tópico
Norberto Lopes
Publicado: 29/06/2010 10:25  Atualizado: 29/06/2010 10:33
Membro de honra
Usuário desde: 15/03/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 896
 Re: ossadas.
Estive a imaginar o que será de tanto cloreto de sódio diluído em tanto mar depois de lhe faltar o conjunto dos cento e ciquenta um elementos restantes, estruturantes...

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