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Ultimo dia de Rio de Janeiro....setembro 2001

 
D... tomei a liberdade de publicar algo que escrevi num dia dos namorados longinquo que achei no meu baú de boas recordações.. desculpe o primarismo do texto, me faz tão bem recordar você que não me importo....beijos.

D... as vezes me olho no espelho percebo que o fim não esta longe, coloco nossa musica para lembrar de nós, embalado em Tim Maia companheiro de tantas camas que visitamos com nossos corpos sedentos, perguntando aos dois “não sei porque você se foi” não é real pois nós nos fomos... espero que tenha tomado conta dos meus olhos que se perderam nos seus, visto o mundo por eles e sentido poesia na Praça da Sé, na estação do metrô, no Estúdio do Foster, no Largo do Arouche e suas lojas de flores onde sempre me pedia uma rosa .. ainda procuro as minhas pernas entrelaçadas as suas no aconchego dos lençóis para tentar te encontrar... mesmo sabendo onde esta... prefiro estar como estou com minhas pernas entrelaçadas nas suas ainda que em sonho ... como foi um quase proibido amor ... meu paletó abraçou seu vestido naquele inverno que a vida permitiu nos amarmos no velho e bom Hotel Comodoro quase abandonado... nosso calor dava um resto de vida a decrepitude do lugar ... um dia se puder me responda como consegui partir sem estar contigo no Trem de Prata que nos levou amando e embalando para o Rio de Janeiro e aquele “desbunde” de amanhecer quando chegávamos as seis da manhã na cidade maravilhosa... e... partindo jamais me achei, exceto quando vejo seu sorriso de menina as covinhas do seu rosto num velho e surrado retrato que guardo no coração...seu jeito moleca de ser teu jeito mulher de amar...
Ah D...como foi bom ter tido você...
Carlos Said



 
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Carlos Said
 
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