Martir de mim mesmo
aqui estou!
Exausto das horas mortas
em que me não via,
peregrino
em busca de um oásis.
Já atravessei
desertos de solidão,
já bebi o fel amargo
do tempo,
fui condenado,
traido e abandonado.
Fui crucificado
na cruz da encarnação
que hoje ergo
como bandeira do perdão.
Perdão de mim
Perdão de ti
Perdão sem fim
Para tudo o que vivi!
RICARDO LOURO
Ricardo Maria Louro