Queiram ou não
Apetece-me hoje ser um pouco Gedeão
E pouco eu próprio
Que não vale a pena, não levem a mal
Só vão compreender-me
Lá para o ano três mil e tal
Se nem eu próprio hoje e agora
Me compreendo afinal
E assim um sentimento anormal
Pessoal e intransmissível
Maior que todas as minhas partes
Mas menor que a maior das minhas artes
Ser eu
Ou pelo menos o “eu” possível