É verdade, tenho sentido a sua falta,
Queria que ao menos isso você soubesse,
Mas digo que já não espero por sua volta,
E é esta condição que me entristece...
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Pois chove lá fora há muito tempo,
E ela é regida por um vento frio,
Fazendo-me lembrar, mais de um momento,
Das nossas manhãs nos meses de abril...
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Então fico contra o tempo e sem respostas,
Porém sei que ainda seguimos vivos,
Mas sem querer, nossas vidas foram expostas,
Como se fossem apenas meros arquivos...
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Umas das melhores sensações do homem,
Talvez é a de nunca se sentir sozinho,
Eu já não consigo, pois tristezas me consomem,
E cadê você? Que fugiu por estes caminhos...
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Um dia entenderás, o sexo está em todo lugar,
Difícil mesmo, é encontrar o verdadeiro amor,
E por ele encontrar a sua perfeição ao amar,
E não uma mera satisfação ao seu favor...
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Ai eu sei que será difícil, o sexo sem amor,
E como se estivesse o seu corpo a aleijar,
Estampando na sua boca, um beijo sem sabor,
Da boca que você não ama, mas está há beijar...
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E assim vais tentar fugir, sem querer voltar,
Mas não encontrará o caminho para sua fuga,
E sentirás nojo, deste que tu não queres amar,
Em meio a fumaça, de seus charutos de Cuba...
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Assim lembrará de mim, e vai querer me chamar,
Mas já estarei longe, e sem poder lhe ouvir,
Vais se sentir suja, com mil olhos a lhe condenar,
A ter que viver sem amar, e com a dor sem elixir...
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E não terás meus olhos azuis para te consolar,
E nem o calor de meus braços a te envolver,
Não terás meu corpo, nem minha boca para beijar,
E isso só lhe fará lentamente enlouquecer...
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É notório, e sei que jamais será facultativo,
A tua vontade de escolher, os destinos há rumar,
Rumando e errando, mas sentindo-me vivo,
A cada pedra que tu se põem há tropeçar...
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E não adianta agora fechar teus olhos por fim,
Tentando fingir, que eu caminho ao lado de você,
Perfumando a tua pele, como se eu fora um jasmim,
Como eu fazia, antes de você tentar me esquecer...
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Mas você tentou, e percebeu que não consegue,
E o que adianta? Se agora trilha pelos espinhos,
E mesmo sabendo que minha lembrança te persegue,
Tu segues rumando os meus diferentes caminhos...
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E nenhum deles te levará até a mim, nenhum!
Sou flor morta pelos teus pés nestas jornadas,
Sei que teus erros, não te levaram a lugar algum,
Mas levaste o meu amor, e não me trouxeste nada...
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Agora fadas, se deixaram de existir momentos,
Ou minhas palavras, para aliviar a tua dor,
Eu só peno o dia em que tu fora com o vento,
Levando contigo, o que eu considerava amor...