O Oriente já comemorava antes,
No solstício de inverno, a festa dos errantes;
Já que nas noites mais frias e distantes
Nada esquentava, nem mesmo aos amantes.
Festa Mitráica era feita na Persa;
Em Roma, Saturnália é que era a conversa.
E outros, sem data em festa adversa,
À dos pagãos querem cristianização perversa.
Sacrifícios propiciatórios, tributo ao Deus solar,
Natalis Invict Solis, todos hão de comemorar.
Rá, Hórus e Amon, um só Deus a figurar,
Que desde o antigo Egito crentes querem é louvar.
Aureliano, primeiro estabeleceu,
Seguindo a data que Roma concebeu:
25 de dezembro é o Natal seu!
Fiéis ou não comemorem o dia do Teu.
Para uns, Natal pagão,
Os outros comemoram em vão.
Jesus nasceu! Que dia então?
No mesmo dia? E por que não!?
E assim vem toda história:
Catequizados, trazemos memória
Da fábula dos magos, da glória,
Pena que um pouco contraditória.
Contudo, o importante é acreditar,
Não na data, mas na fé e no pensar.
Jesus Cristo existiu, não podemos duvidar.
E seu nascimento – dia 25 ou não –
temos mesmo é que festejar
Mário Piccarelli