Nego-me a mim mesmo quem sou,
só para conseguir te encontrar perdida numa sombra,
perdida na minha face que reflito na imensidão do mar...
vais contra os meus dogmas?
não quero saber...
vais contra os meus quereres?
não quero saber...
vais contra os meus anseios...?
quero-te dobrada nos meus sonhos,
quero-te enlouquecida no meu caminho,
suspirar dentro do meu peito,
a cantar-mos a mesma musica,
na mesma voz.
Sentir-te pegar na minha mão,
sentir-te pegar no meu coração...
Não quero saber...
juro que não quero saber...
se os meus dogmas não são o que és tu...
quero sentir-me infinitamente grande,
ao respirar na tua pele,
ao sentir a tua boca perto da minha,
ao fazer vibrar-te na minha essencia...
não quero saber,
se tocas a mesma música que eu,
eu acompanharei a tua música,
só quero sentir-me vivo...
dentro da tua boca...
dentro da tua alma,
ser o teu anjo da guarda,
ser o mágico das noites frias,
e diabo enlouquecido do vale dos teus lencois...
não quero saber...
não quero mesmo saber...
se és igual a mim...
eu não quero ser igual a ti...
eu quero é estar em ti.
Alexander the Poet