Passo por mim como se fora outro.
Nada me diz aqui em contrário.
Fluiu naturalmente ao
encontro de novas sensações,
a serem colhidas do outro
lado de minha pessoa.
Se estou não sou eu quem me diz
mas o contrário de mim como um sócia,
comprometido com minha
natureza hermafrodita,
que age de acordo com o momento
presente ou ausente de frivolidades.
Vou de acordo comigo mesmo.
O sol doura e enche meus olhos de
vermelhos e amarelos.
E eu dou por mim como um ser activo
e interactivo
cujo expoente máximo é a sua dualidade.
Ah, ter algo para fazer e não o fazer,
ser simplesmente segundo a mãe
natureza,
que a tudo preside e tudo sabe.
Não ser mais do que a minha mão
alcança, o zénite da presença secular.
Meu ser dócil em contra partida
com o meu eu fortemente presente.
O activo e o superlativo interligados
por uma mesma membrana,
água pura que corre por mim como um rio
crescente.
Jorge Humberto
14/06/10