Dos afagos que me afogo
nada mais rogo
apenas o prazer que jogo
sem dizer, lasciva.
Sou o que a vida precisa
insensatez que alisa
minha tez com altivez
Sou uma alma lisa
que desliza
nas curvas do teu prazer
Sou apenas uma brisa
que lambe teu corpo
parte a parte por vez...
E assim desperto do sonho
de meu solitário e medonho
cativo leito de insensatez
onde me demoro,
no decoro que não decoro.
(esqueço ele sempre que coro
com a luz sob teu corpo, em nudez)