Alguém acende-te e tu apagas
Enquanto a cor desce na asa negra da noite
Sobe fechada entre as estrelas de todos
Escasseias na palavra eclipse e te rasgas
Alguém apaga-te e tu acendes
Lágrimas naufragando na maré dum caixão
É o teu filho chorando a mão
Que só na candeia segada estendes
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva