“Eu pensei que viver era somente estar diante de um mundo cheio de possibilidades; pensei que algum dinheiro no bolso faria toda a diferença para quem não sabia exatamente qual era a diferença entre isso e o prazer... Houve um tempo em que ambos eram a mesma coisa para mim... Houve um tempo em que pensei que viveria para sempre e que todas os prazeres do mundo se resumiam em satisfação...
Pensei que viveria para ver o pôr-do-sol mais bonito, porém, ele já havia passado por mim e eu não pude vê-lo por estar entretida demais com minhas vaidades, elas me levaram a ter uma certa indiferença para com os acontecimentos que me fariam mais feliz, pena que estes acontecimentos não significavam o que eu chamava de felicidade. Num determinado momento, eu até acreditei que minhas idéias correspondiam a realidade, mas não sabia o que significava isso... Passei muito tempo discutindo sobre mim mesma e me esqueci que viver era soberanamente o mais sagrado ato de amor e o mais real de todos os gestos.
Quando se morre, leva para a si as lembranças de um monte de momentos que ficarão para sempre; não falo dos momentos de imagens, brilho, cor e movimento, digo dos momentos de aprendizado que me ensinaram a voar e me obrigaram a evoluir... Hoje a vida tem um sentido, mas eu não tenho a vida... Quando morri, deixei de ser quem era e passei a ser quem sou, e creio que hoje tudo que sou, sou por alguma razão... aqui estão algumas das coisas que consegui descobrir sobre mim, a pessoa que menos conheço no mundo, porém, a mais próxima de mim mesma.”
Espero fazer amizades; trocar palavras, sentimentos e sentidos para uma nova vida que se desponta a cada novo recado ou cada novas descobertas... Sejam bem vindos!
Adriana Vargas