Poemas -> Dedicatória : 

TU, CAMARADA

 
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Camarada
Que sempre com dignidade
Te bateste
Nem sempre ganhaste
Nem sempre perdeste
As tuas vitórias
São vitórias do povo
A glória
Para ti camarada
É a felicidade
A igualdade
A trazer algo de novo.
Quantos camaradas
Pagaram a sua luta
Nas masmorras
Desses filhos de puta
Que nos exploram
Que riem sem piedade
Daqueles que choram
Daqueles que morrem
Estendendo a mão à caridade
Mas tu, camarada,
Tens alma, tens coração
Por isso tu te bates
Para todos terem pão

A da fonseca


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/06/2010 19:41  Atualizado: 13/06/2010 19:41
 Re: TU, CAMARADA
POis era assim que deveria ser "todos terem pão"
Uma pena quando vemos que uns tantos e muitos tão pouco, bjus poeta.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/06/2010 19:43  Atualizado: 13/06/2010 19:43
 Re: TU, CAMARADA
Mais do que nunca este espírito de elevação e insubmissão é fundamental.

Abraço



Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 13/06/2010 20:16  Atualizado: 13/06/2010 20:16
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: TU, CAMARADA
Alberto,
Infelizmente ainda há muita casa onde não há pão...
E há aqueles que também não têm casa...
Beijo
Nanda

Enviado por Tópico
Xavier_Zarco
Publicado: 13/06/2010 21:10  Atualizado: 13/06/2010 21:12
Membro de honra
Usuário desde: 17/07/2008
Localidade:
Mensagens: 2207
 Re: TU, CAMARADA
Camarada Alberto da Fonseca,
Um poema iniciado com "Tu, Camarada" é um isco perfeito para mim. Estava a brincar, isto porque aprecio o seu sentido de humor, sobretudo quando este é mais caústico.
Bom, após esta nota, isto porque um futuro Prémio Camões e futuro Nobel deve ter sempre em atenção o que diz, digo-lhe somente isto: não é complicado fazer poemas com um nível bastante apreciável, muito pelo contrário, mas não é mesmo.
Se repararem neste poema têm uma cadência que sabe despertar o lado emotivo; isto é funciona como canção, tal como, inteligentemente, define Fernando Pessoa; depois, o tema, algo ligado ao social, mas fazendo uma digressão pelo tema com rigor, isto é: condições bem apresentadas e conclusão urdida com a secura que deve nestas circunstâncias; por fim, a arte de construção vérsica: nenhum verso errado, embora estes, tal como um dia escrevi, se perdoem aos poetas.
Um abraço
Xavier Zarco