Acordo-me de um estranho despertar,
Toco-te tantas vezes sem te alcançar,
Sinto-te constantemente sem te ter,
Deixas-me a paixão n'alma a ferver.
A barreira ergue-se, de tal jeito,
E no diminuto tempo, a dor no peito,
Rasgando o corpo para se libertar,
Desse meu desejo por se realizar.
Mas a tristeza e a saudade maldita,
Desta nossa vida ninguém ressuscita.
Como é possível continuar a viver?
Trago em minh'alma o sentir frustrado,
Por nunca te ter tido ao meu lado,
De não poder amar-te antes de morrer.