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Viagem consentida

 
…segue-me
vamos rasgar o mar,
quebrar o branco das ondas
- da vida,
e velejar entre delfins cansados,
já muito viajados…
Vem escutar o som,
subtil grito de duma ave
junto aos teus seios,
como quem ama
em bosques de silêncios!

Vem!
nos lábios há murmúrios,
nos olhos actos sólidos
e mergulhamos as remas
em incêndios vivos,
até que a distância
seja o roçar da pele!
…Segue-me!
inventemos memórias,
sibilinas lembranças,
que as lágrimas de sal,
secam no sonho
da nossa viajem!
 
Autor
José António Antunes
 
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Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 11/06/2010 21:44  Atualizado: 11/06/2010 21:44
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 Re: Viagem consentida
O amor sempre presente.
Lindo o teu poema Antonio.
Beijinho
Antonieta