Multidão, essa mancha cinzenta,
Nada fixo nesse mar de gente,
Como formigas, de passos sedenta,
Trazem o mundo, que não se sente.
Emerges, alma grita, fico rouco,
Dessa tempestade de mar que cega,
Zumbidos erráticos, a paz me nega,
E que pouco a pouco me deixa louco.
Tudo por dois dedos de conversa,
Onde o tempo deixa de ter pressa,
Colocar a tua mão em minha alma,
E sentir o amor e a paz sem fim,
Por finalmente te ter junto a mim,
Muda a tempestade em onda calma.