Naquele dia fiquei a olhar um céu coberto, sem o branco habitual sem um negro acidental, e no memento em que entraste, senti chegar a minha longa procura, aquela que nas noites de lua esperei abraçar no frio da rua. Seu olhar desconhecido, nunca tinha visto, por um minuto me parou o olhar para te olhar, e vi uma beleza singular, senti algo no peito a me abraçar. No instante não fiz outra coisa senão dizer o que você hoje confirma, palavras de um sentimento puro, de um estranho, um simples atrevido, ou seja, mais um daqueles que pretende todas. Pois não era!... Era eu, hoje o seu amor, feliz da vida por te ter. Hoje, assim a te abraçar, admito que é possível tocar com os próprios braços um sonho, beijar com os lábios uma boca platónica, apalpar com o olhar um olhar antes entendido.
O céu a noite permanece azul, o negro que se encarna no dia é que faz parecer não existir ele, pois assim é minha alma, permanece nele a promessa que me deixou te encontrar “te amar tal como o amar”