MEU OLHAR DE MÁ ÍNDOLE
(Davys Sousa/ 2004)
Meu olhar de má índole instingar-se
Ao olhar-do-que-tudo-vê sob o sabor de Vulcano
Meus instintos frustrados sob derrotas no arcano:
Calcanhar- de-Aquiles, enquanto minha alma pranteia
Em meu tormento desolado onde a triste madrugada
Me assombra com sua morbidez, em sua teia.
Em meu peito, agora, jaz-se o semblante crescente
Transformando em ânsia, o nada que se golpeia
Em meu peito.
Minha alma sorumbática jaz-se a Tanatus:
................................................... Deus da fatalidade!
No rudimentarismo de meu subconsciente:
................................................... o meu desejo...
cheio de fogo frio e formidante no lampejo
de meu profundo pessimismo em sonhos guardados
e em urnas quebradas, perdido no doce sabor de Vênus.
Minha deletéria alma vaga sob a fluência dos misantropos:
Guias ao cemitério, Gênios da profunda obscuridade
Nos orbes necromantes de Penúria.
E essa dor que exige vida!
A dor da vida que devora águas diluvianas,
Ironizando minhas próprias dores
Em sombra de medo e horrores
A qual minha vida vaga
......................................... em um completo mar abstrato!
Meu corpo truculentamente agorafóbio,
Assim como, meu coração triste permanece
Em constante cheiro balsâmico trazendo
........................................ à noite a morte
ao lúrido lumiar da obscura sorte.
Já não há tempo, nem vida, nem dor
Nem som funesto, nem véspera,
Apenas no corpo, as vísceras depostas
À decomposição por vermes nas frias lajes
Onde não se pode aconchegar de um sonhar
Que é morto.
davyssousa@hotmail.com
Davys Sousa
(Caine)
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