O primeiro degrau eu pisei decidida a vencer, por este motivo permaneci ali parada por um bom tempo estudando minhas estratégias e chances.
Já no segundo degrau me empolguei e saltitei vários a passos largos.
Estava feliz e mantinha minha cabeça erguida sempre visualizando meu objetivo, aquela porta fechada.
No meio do caminho senti os degraus ficarem incontáveis, subia e subia e nunca chegava lá. Quase desisti, mas só parei para respirar fundo e sentei um pouco ali mesmo.
As lembranças voltaram e me vi ali humilhada e meu corpo estendido no chão. Valeria à pena prosseguir?
Levantei com o rosto coberto de lágrimas e comecei a descer novamente, não ia voltar, nunca saberia que estive ali.
Mas que caminho seguir agora? Senti-me fraca com a perda de tempo empregada num alvo impossível de atingir.
Gritei que nada era e que jamais seria alguém, andava sem rumo e as horas passam depressa me roubando dias e dias.
Desci os degraus que levavam aquele coração bem devagar, pensando, considerando, e organizando.
No inicio meus passos eram fracos, estava cansada e ofegante.
De repente me senti leve e segura, não via mais degraus escuros, escorregadios e sem fim.
Senti um perfume gostoso no ar e um calor que me aquecia o coração.
Senti apoio para minha cabeça e olhei sem acreditar.
Eu estava nos braços de alguém, recostada em seu ombro amigo e sentindo o aroma do amor.
Adeus escadas de lutas e sofrimentos.
Achei meu verdadeiro amor.
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