A VOS PADECEM A CONDENAÇÃO DE UMA PÁTRIA E A CONDIÇÃO DE SER HUMANO NA FRIA EXISTÊNCIA.
(Davys Sousa – 2004)
Somos condenados por uma inteligência
Que deixamos de concretizar
A ineficiência e ineficácia de governantes
E autoridades legais conduzem ao olhar deformado
Da natureza de uma Sociedade benfeitora.
Desde já, nossos corações e almas visam lucros
Com baixa e depravada prescrição:
O que há nas mentes?
Oh, o que há nos corações?
Os efeitos do Mundo são os que nós mesmos causamos –
Um Mundo aonde sonhar é proibido, e às vezes,
Até proibir algo é também proibido. Um meio sedimentado
Por direitos e deveres que nem a própria lei enxerga
Ou não admite que ela mesma pode estar errada.
Aos Demos Vates, ela é o lixo da sociedade
Por este Mundo com fúria de herméticos e deletérios
A vergonha de um triste criador.
O Estado! O que busca? O que deseja?
Morremos do que vemos
Pelas drogas inúteis, pela máquina odiante,
A máquina negociante.
Não estamos de mãos enlaçados,
Mas compartilhamos o movimento das cousas.
Quer lutemos, quer não lutemos, calados
Sem protestar, sem amores, senão ódios
Não cremos em nada: vale apenas
Estarmos vivos e mortos? Ou esquecidos?
Vivemos o tempo conseqüente!
Diante dele somos “o seu aterro”.
Davys Sousa
(Caine)