O picadeiro desmoronou...
A arquibancada está vazia.
Vento rufa como tambor na serrania
o céu não tarda por desabar...
Arco-íris se pinta suavizando a dor
a miudeza dos arbustos pressentem o fim.
Além do horizonte parece não haver resposta,
às muitas indagações do meu ser...
Não me atrevo em sabê-las!
Quero apenas o hoje...o agora...
Que o derradeiro instante não aconteça...
tão breve...tão de repente...
A docilidade dos sabores de ontem
não se fará noutro amanhecer...
mas a vida não para...
lágrimas se vão como o arco-íris depois da chuva...
máscara embranquecida cala os aplausos
que ecoam da arquibancada
o silêncio da platéia não é a toa
o palhaço – a estrela maior,
agora, adormece!