Há-os em todas as línguas.
E enquanto o homem for homem, animal racional, ser pensante, motivado e motivador, nem sempre pelos mesmo princípios, com os mesmos objectivos .. mas, ainda assim.
É pena .. as letras, esses bem preciosos e luzidios, carregados de significado maior que as suas sílabas que quando bem arrumados e com música dão origem à maior das poesias, à mais brilhante serenata, à composição preciosa que se estuda hoje, feita, pensada, organizada há séculos atrás. À obra que se lê sempre, ontem tal como hoje aposto ainda que amanhã.
Quando mal arrumadas, colocando verbos sem substantivos, adjectivos sem nada para adjectivar, ausência de pronomes de posse ou pequenos artigos, fundamentais, .. ou simplesmente gritadas do alto de uma fúria, da ira, assumem a vez do agressor, ferem, magoam, pedras atiradas não ao charco mas contra a moral de alguém, o credo de alguém, a inocência de alguém, provocando danos maiores que os sinónimos, superiores aos antónimos, irreversíveis.
É pena .. mas acontece.
Pior: dizê-las com um determinado intuito oculto esperando, vã esperança, que o interlocutor não chegue lá, não alcance, não entenda, levá-lo por meandros, normalmente pouco claros, a aceitar o que se quer, a anuir a uma qualquer vontade que não a sua, a própria, indiferente ao seu querer, e depois, surpreendidos com a rapidez, o “golpe de vista”, o “vens de carrinho” alterar-lhes o sentido, a forma, o som e o tom, esperando de novo, esperança ainda mais vã, que nisso, também se creia.
É então a altura ideal para o “não queriam mais nada ..”! virar costas. E seguir.