Plácidas galácias
consomem os olhos.
Pálidos luares fotografados
além da altura dos muros.
Colhem as mãos,
as últimas flores.
A passos lentos,
caminham os homens.
Em destroços,
filarmônicas.
No ar,
funéreas canções.
Dos lábios, saem as almas.
Celebram as horas finais.
Ladeira a baixo,
Relógios e sinos.
Crianças dormem,
mulheres sonham.
Em segundos,
imagens revelam
o medo de tudo.
O juízo final assombra.
Fere a pele rósea dos anjos.
Deus se abana e gargalha,
no dourado trono.
Poemas em ondas deslizam nas águas.