Quero cantar esta vida que outra não viverei e voar muito aguerrida por onde nunca andei nem em sonhos, nem em nada, mas chega de ficar quieta alma tristonha e tão parada a olhar para um vazio...
Quero ir atrás da borboleta e saltar de pedra em pedra e ser feliz de fio a pavio e no fim aquietar-me em paz na beira do sereno rio que sereno corre mui audaz em direcção ao mar sem fim, e assim também corra em mim uma vontade de ir mais longe tendo como limite o infinito, que o tempo é curto e foge e antes do fim aquele grito que me liberte das grilhetas e me leve para um paraiso onde me delicie com os poetas e tantos seres num só riso...
Vou acordar desta letargia e voar até à mais alta árvore e cantar, eu a bela cotovia e tudo ecoar no mármore e no granito tão imponente, e de lá do meu galho ver assim também feliz toda a gente de todas as cores e feitios dando as mãos uns aos outros em volta deste perfeito planeta onde o amor é só ele a vedeta e a paz a Senhora Branca e Alva nas almas das boas criaturas, E AO POR DO SOL TUDO SE SALVA E DAS ESTRELAS CAEM MIL TERNURAS!