Frente ao espelho,retrato-me na inércia...
Olho e vejo algo que ainda não havia percebido...
Meus olhos brilham novamente...um brilho curioso;
Específico, e que denota magnitude.
Eu nunca havia sentido isto anteriormente...
E confesso,gosto imensamente das retinas que vejo...
Bolas de giz que riscam fundamental colorir...
Navego nas imagens da memória...
E a fundamental história, apenas começou.
Ela se evidencia na retina dos meus olhos...
Que aqui e agora procuram um universo vil...
E mesmo, tendo a liberdade plural na magia...
Nada de concreto é superior ao abstrato afeto.
Divago com os gizes do meu olhar...
Deságuo mundos recônditos...entrego-me à paz.
Faço-me contemplação imensa na hora indefinida...
Um Anjo vem e diz: - Brilha novamente, efêmera vida!
E assim, retrato meu olhar sereno no cristalizar...
De um espelho, me encontro num fundamental estágio...
Pelas córneas,íris,retinas,luzes e cor de mel...
Meus olhos se refletem fundamentalmente espelhos
D'alma, que chamam a chama da vida!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)