A mulher em mim é poeta, indiscreta, sagaz, audaz
A mulher em mim é útero derramado em sangue que doou vida
E germinou sementes férteis de sonho e realidade
A mulher em mim é anca saliente...resfrio na mente
Insana questão...um corpo purpúreo a vagar
Divagar em lágrimas de sal sem rancor
A mulher em mim é brasa rubra...incandescente
É arrepio da alma...é esboço de abismo
É altruísmo incansável sem esmorecer jamais
A mulher em mim é devassa ou pura
É patética... é... loucura é... obsessão é... amor
Ou é menina-flor querendo ser colhida em algum jardim
Não pode ser a flor amadureceu e é flor-mulher
Disto tenho consciência...o tempo é implacável
Carimba a passagem só de ida...e a vinda à Deus dará!
A mulher em mim é sombra do que foi ontem é sepulcro do que será amanhã
É única...universal...atemporal...diferente...envolvente...humanamente...facilmente...incansavelmente...amargamente...singularmente...exclusivamente...mulher poesia a esbanjar estado de alma plenamente.
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)