Poemas : 

«« Penas ««

 
Deslizo como quem corre
Pelo impossível
Em cada segundo de vida
Um deslize, aquém saída

Por entre caminhos rudes
No impossível me enleio
Ora aqui ora acolá
Um enleio ao Deus dará

No deslize quase sufoco
Falta de ar agonia
Num repente olho de frente
Poço aberto água corrente

Deslizo como quem morre
De morrer perdi a conta
No nada que enche o rio
Minha mortalha, meu frio

Enregelada por dentro
Tapo o peito e não quero
Não quero que tenhas penas
Penas são grilhões, algemas

Que me escorregam dos braços
Sacodem a alma e moem
Penas são leves pedaços
Que aos teus olhos me consomem

Antónia RuivoOpen in new window


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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 04/06/2010 21:29  Atualizado: 04/06/2010 21:29
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 Re: «« Penas ««
Caprichou nessa heim? ficou um mimo!