Deslizo como quem corre
Pelo impossível
Em cada segundo de vida
Um deslize, aquém saída
Por entre caminhos rudes
No impossível me enleio
Ora aqui ora acolá
Um enleio ao Deus dará
No deslize quase sufoco
Falta de ar agonia
Num repente olho de frente
Poço aberto água corrente
Deslizo como quem morre
De morrer perdi a conta
No nada que enche o rio
Minha mortalha, meu frio
Enregelada por dentro
Tapo o peito e não quero
Não quero que tenhas penas
Penas são grilhões, algemas
Que me escorregam dos braços
Sacodem a alma e moem
Penas são leves pedaços
Que aos teus olhos me consomem
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...