Leituras 3 - Henrique Pedro

Henrique Pedro deu-me as boas vindas ao Luso Poemas e leio-o desde essa altura... têm uma linha de raciocínio excelente e muito tolerante, cortês, não se mete em bulhas de bairro e provávelmente sabia-lhe bem distribuir uns sopapos, mas sabe que as bulhas de agora são falsas, não têm regras de cavalheirismo, como usar só os punhos e por princípio nada de golpes baixos, no fim o vencido cumprimenta o vencedor e com cortes na face pagará um copo de bom tinto ao seu ex-adversário, falarão sobre o assunto, inclusive o vencedor mostrará que o vencido tem de proteger mais a esquerda e aproveitar mais onde é forte para o ataque, por exemplo. Este mundo não existe mas ainda existe pessoas de princípios, lutadores de cortesia, Henrique Pedro além de grande poeta, lê-se como alguém de grande carácter e não me custou nada escrever isto porque penso ser verdade.

Um grande abraço a Henrique Pedro. Poeta dos poemas que pensam, concordo com Pedro, o Xavier dos poemas ricos de portugalidade.

Xavier,
Henrique Pedro é um excelente poeta desta casa.
Ele sabe a afeição que nutro pela sua pessoa.
Um abraço aos dois
Nanda

Bom dia, Xavier.

Te agradeço por tão interessante informação sobre o trabalho do poeta Henrique.
Informação que enriquece o meu conhecimento como principiante.
Desde que passei a conhecer e participar deste site, acompanho o trabalho do poeta Henrique Pedro, o qual tem minha admiração e apreço.

Abraço fraterno

Rosangela

Um texto coerente e - acredito - muito próximo da realidade.
(Nunca é fácil acertar de caras com os atributos de alguém que conhecemos apenas das entrelinhas das palavras.)

O Henrique Pedro parece um filósofo da vida que utiliza a poesia para nos dar uns flagrantes dessa mesma vida, com um discernimento digno de louvar.

Digno de louvor também esta série de textos, para os quais é precisa uma dose de coragem e outra de clarividência - eu por exemplo não me atreveria.

Os meus Parabéns!
Um abraçooo!
_Abilio****

Uma boa homenagem ao amigo a que eu chamo, um Senhor...
Em tudo, gentileza e falta de maldade, falta de que muitos amigos também me acusam...mas eu sou mais otária que boa pessoa e te tenho a certeza de que o Henrique sabe do que estou a falar...
O Henrique é um dos últimos cavaleiros da tábua redonda...

Gostei da leitura, justa...sem dúvida.
Parabéns,
Maria

Passei grande parte do dia deambulando pela cidade do Porto.
Acabei por me cruzar com António Nobre e não gostei de o ver Só, no Campo dos Mártires da Pátria, abandonado no meio de um charco de águas fétidas, esverdeadas, e com umas quantas pombas a borrarem-lhe em cima. Ante a indiferença olímpica dos raros transeuntes para quem, no momento dramático que o País atravessa, a poesia não passa, por certo, de um motivo de riso.
Veio-me à mente Miguel de Unamuno e o seu “DEL SENTIMIENTO TRAGICO DE LA VIDA”. Este é, sem dúvida, o destino de todos os poetas e heróis - pensei. Vilipendiados em vida e remetidos, em morte, para a solidão de um jardim municipal servindo de poiso a pombas e pardais.
Deixemo-nos de vaidades, portanto!
Na minha juventude li Kierkegaard, que fez a ponte entre Hegel e Sarte e por isso o apodaram de existencialista cristão, como li Marx, Camus, Nietzche (presente hoje em dia em diferente correntes niilistas), como li Saint Exupèry, Sri Aurobindo, Teilhard de Chardin, e tantos outros.
Mas o meu pensamento formou-se, sobretudo, nas serranias de Trás-os-Montes, o Reino Maravilhoso de Torga, em confronto com o Cosmos, e continua a formar-se, quotidianamente, neste espaço irreal que dá pelo nome de Luso Poemas, muito embora aqui apenas publique poesia e a minha participação explícita seja reduzida.
Por tudo isso louvo o esforço que Xavier_Zarco vem fazendo no sentido de conferir maior seriedade e qualidade literária ao Luso Poemas, em contraponto com a prevalecente tentação pela crónica chocarreira e obscena, e pela poesia ingénua e medíocre. Louvo o seu corajoso esforço de cultura e verdade.
E agradeço os comentários abonatórios que este texto de Xavier_Zarco mereceu, na parte que a mim diz respeito. Escuso-me de nomear os amigos que aqui tenho que são muitos, porque eles bem sabem o quanto os estimo.
Votos de que o Luso Poemas siga em frente, livre, aberto, responsável equilibrado.

Respeito muito o trabalho de Henrique Pedro. Uma poesia que se identifica com a sua geração (?);
Numa forma singular de se exprimir e sentir o que o rodeia. Parabéns ao Homenageado, mas também ao bom texto que lhe faz juz.

Amigos Maria e Xavier,

Achei interessantíssima a vossa polémica, das tais que podem, na minha modesta opinião, acrescentar algo de novo, ao nosso entendimento colectivo.
Ouso, por isso, e se me permitem, introduzir um dado novo, porquanto ambos me parecem estar certos nos seus raciocínios mas não coincidindo nos objectos de pensamento.Queiram fazer o favor de distinguir textos de opinião de textos ficção. Se de opinião se trata aí o autor não pode "cobardemente" dizer que não diz. Se se trata de ficção então aí sim não é o autor mas o personagem que fala.

Abraços

O Henrique Pedro é, de facto, um excelente poeta. A ideia que tenho é que na sua poesia predomina a religião e filosofia, mas sempre com uma visão muito própria, num estilo sempre muito bom.

Beijo

A todos o meu muito obrigado pelo enriquecimento deste espaço.

Cara Maria de Carvalho,
A concepção do que significa "autor" diferencia-nos e essa diferença de concepção só nos enriquece, embora me pareça que a mesma é mais próxima do que parece.
Para mim o autor é o que resulta do que é o desejo do que está por trás e que de facto escreve, mas ao escrever despersonaliza-se, mesmo que este despersonalizar-se não exista concretamente.
A pessoa, esse tem outros interesses, como seja o próprio acto de sobreviver, de cuidar dos seus, etc. Com isto não quero dizer que o autor se afaste deste género de questões, mas dá-lhe, no nosso caso, pela escrita uma outra dimensão, dimensão essa que só o leitor pode descortinar.
A obra, a partir do instante em que é exposta, é uma mera sombra do que o que a fez desta pretendeu.

Cara Vera,
Concordo com as linhas mestras da poesia de Henrique Pedro a que aludes.

Camarada Henrique Pedro,
Sem dúvida que se se opinar sobre algo e depois o desdizer, das duas uma, algo, que dever-se-á argumentar no que fez mudar de opinião, ou, então, não se saberá do que se fala.
Uma coisa é certa: autor e pessoa são duas entidades distintas, embora, em literatura, sob aquilo que penso, o que conta é o leitor. É nas mãos deste último que a obra é.

Xavier Zarco

Vera:
Os objectos dos mais de mil e quinhentos poemas que, até hoje, postei aqui no Luso,são Deus, o Amor (nas suas diferentes formas), o Cosmos, a Espiritualidade/Religiosidade, a Ecologia e a Intervenção Social e Política.

Agradeço, especialmente, o teu comentário.

Beijo

Xavier:

No meu ponto de vista não há diferença de substância entre o autor e a pessoa. O autor nada mais é que a pessoa que se assume em diferentes posturas e desempenhos. Daí que distinga os textos de opinião e os de ficção.Como aceitar, num texto de opinião que o seu autor venha dizer que não é ele que escreve? Também na ficção é sempre a pessoa que retrata o personagem embora o personagem possa não ser o retrato do autor.

Abraço

Abraço

O Henrique Pedro para mim é um senhor da escrita, confesso que não me revejo em algumas coisas do que escreve, mas não deixa de ser um senhor pela forma cuidada com que trata a palavra.Ler o Henrique é um aprendizado constante.

Outra excelente escolha!
o Henrique escreve como sinto o seu carácter: recto e escorreito
Foi das primeiras pessoas que acompanhei aqui no Luso.


Beijinho