" Ser uma pobre morta inerte e fria,
hierática,deitada sob a terra,
Sem saber se no mundo há paz ou guerra,
Sem ver nascer, sem ver morrer
o dia".
( Florbela Espanca)
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Na última morada que me restou,
sou ser que não sustenta o vento,
que não aspira o ar da flor,
que não sorri em contentamento...
Estou assim, na perpétua guarida
Meus dedos em rigidez não mais te tocam
Sombrio corpo, em neve vida,
a morte enfim, meus seios alvos...
A lira não tem mais abrigo,
a folha em branco jaz morta,
o meu olhar em tom cativo...
Apenas vê essa cruel redoma
Soltei a lágrima do falso olhar
Morri pro mundo, verso sem paz!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)